Cocriação e liberdade

Cocriação e liberdade: a história de quando pedi tempo e esqueci de pedir dinheiro

Compartilhe

Introdução sobre cocriação e liberdade – minha experiência.

Durante muitos anos, eu tive uma loja física de moda praia. Diferente do que muita gente imagina, ela não foi um sonho de infância, nem algo que eu planejei com carinho e metas no papel. A loja simplesmente aconteceu. Foi uma oportunidade que surgiu, e eu abracei. E segui com ela por 11 anos. Onze.

Na superfície, tudo parecia bonito: loja bem montada, temporadas de venda agitadas, cliente fiel, biquíni pra todo lado. Mas a verdade é que, por dentro, eu estava exausta. E nem sabia direito o porquê.

A rotina que me consumia antes da cocriação e liberdade

Trabalhar de domingo a domingo parecia normal. Afinal, era meu próprio negócio, e eu achava que esse era o preço a se pagar. Mas com o tempo, fui entrando num ciclo de cansaço que foi virando esgotamento. Tiveram boas temporadas, sim. Mas também teve muita pressão, muita insegurança, muito peso.

Chegou uma fase em que eu entrei numa bad profunda. Passei três meses acordando com vontade de que o dia acabasse logo. Eu não queria lidar com a loja, com clientes, com a rotina. Só queria paz. Só queria desligar. Foi nessa fase que comecei a verbalizar algo que se repetia dentro de mim: “em março do ano que vem eu fecho a loja”.

Falava isso pra mim mesma. Falava pra minha família, pra amigos mais próximos. Eu tava jogando pro universo. Mas ao mesmo tempo, morrendo de medo. Era minha única fonte de renda. Como eu ia fechar? O que eu ia fazer depois?

Terapia, clareza e o papel da cocriação na chegada da liberdade

Foi então que comecei a fazer terapia. Foi ali que comecei a entender meu esgotamento, meus bloqueios e o peso da rotina que eu mesma tinha alimentado por anos. A terapia foi me ajudando a enxergar possibilidades, mesmo que ainda tivessem medo. E a vida, bom… a vida foi se movimentando.

Em março de 2020, a pandemia chegou. O comércio foi obrigado a fechar. E ali, naquele mesmo mês que eu tanto verbalizei, eu fechei a loja. No dia 27 de março, entrei em contato com a dona do ponto e disse: “vou entregar”.

Nesse exato momento, caiu a ficha: eu tinha cocriado aquilo. Eu pedi tempo, pedi descanso, pedi alívio. E recebi. Do jeitinho que eu dizia.

Se quiser saber mais sobre cocriação, recomendo os cursos do professor Helio Couto.

Tive a chance de continuar. Mas escolhi a liberdade que cocriei

A verdade é que eu poderia ter reaberto a loja. A pandemia me obrigou a fechar, mas ninguém me impediu de voltar. Tive opções de novos pontos comerciais. Mas eu não quis. Eu não queria mais aquilo. Eu queria tempo. E eu recebi.

Fechei a loja com mais de 500 mil reais em mercadorias. Uma loja de 100 metros quadrados. O estoque era gigante. E foi aí que comecei a fazer algo novo:

Da vitrine física pros stories: uma nova forma de cocriar liberdade

Peguei tudo aquilo que sabia de atendimento, de mostrar produto, de vender… e levei pros stories do Instagram. Comecei a gravar, mostrar, interagir. Montava malas cheias de biquíni e levava nas casas das clientes. Fiz live, vendi, movimentei. E vendia bem. Fiz dinheiro.

E é engraçado porque, apesar de tudo isso, eu ainda falo que “não tinha dinheiro”. Mas pensando bem, eu fiz muito dinheiro nesses últimos tempos. Ou melhor: nesses últimos anos. Eu fiz o que precisava pra continuar.

E a sensação de estar perdida mesmo após a cocriação e liberdade

Mesmo assim, tem uma sensação estranha que me acompanha. Às vezes parece que, mesmo trabalhando com outras coisas hoje, eu não estou realmente trabalhando. Parece que ainda falta algo. E eu não sei explicar exatamente o que é.

Finalizar a loja de vez, fazer as últimas lives de liquidação, vender os últimos biquínis… foi um alívio. Mas também foi um luto. Foi como enterrar uma parte de mim que, mesmo não sendo um sonho, foi um capítulo inteiro da minha história.

O aprendizado sobre cocriação e liberdade: peça com clareza

Hoje eu sei que cocriar é real. Não é místico, nem complicado. É simples e poderoso. Eu pedi tempo. E ganhei tempo. Mas eu esqueci de pedir o dinheiro junto.

E agora, olhando pra trás, vejo com carinho. Gratidão pelo que vivi, pelo que aprendi, pelo que superei. Mas com uma nova consciência:

Da próxima vez, vou pedir liberdade. Mas também vou pedir paz, realização… e dinheiro.

Porque sim, eu mereço tudo junto. E você também.

Pra quem está vibrando o cansaço e sonha com cocriação e liberdade

Se você está lendo isso e sentindo que está nesse ciclo de cansaço, de medo, de dúvida… eu quero te dizer:

Vai com medo mesmo.

O medo paralisa. Eu conheço o lado bom e o lado ruim de paralisar. Mas também conheço o que acontece quando a gente decide agir mesmo com medo. O caminho pode não ser claro no início, mas a vida recompensa a coragem.

Se permita desejar diferente. Se permita pedir com clareza. Se permita viver com leveza.

Porque cocriar não é só sobre manifestar um desejo. É sobre assumir a responsabilidade de construir uma realidade que combine com quem você está se tornando.

E você está se tornando algo muito lindo. Eu também.

Gostou desse assunto? Confira mais desse assunto aqui.

Compartilhe
Gabi Cassauara

Gabi Cassauara

Compartilhando momentos e experiencias.
"Quem ensina o que sabe, transforma a vida de quem aprende."

Artigos: 24

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *